top of page

Daniels Sevaxahc

PROSPECTIVISMO

Sociologia histórica do Poder e sua Projeção Profética

2016

INTRODUÇÃO

Prospectivismo é a palavra que tem sua origem no latim; prospectione, cujo significante é a ação de prospectar ou pesquisar. É um termo que extraímos no âmbito da Geologia, amplificou no curso de Administração e aporta na Sociologia da Religião na intenção de ampliar o viés dos estudos do Poder pelas Relações Internacionais, com principal objetivo de ser usado para descrever os métodos usados buscando descobrir os filões proféticos e jazidas filosóficas de uma mina histórica. Como ciência política faz análise das principais correntes teóricas da política contemporânea, com destaque para as correntes: marxista, liberalista, gandhista, jihadista; procurando-se estabelecer uma discussão crítica da relação entre capitalismo, democracia e socialismo. Destacando os clássicos da política oriental e ocidental.

A prospecção objetiva analisar o conjunto de estudos escatológicos e históricos que tenham como fundamento reconhecer o valor literal de uma premonição, de uma análise perspectiva ou paradigmática, sem desprezar o objetivismo, o realismo e o idealismo. Serve para localizar no futuro reservas de acontecimentos sociais valiosas para o ser humano. Busca pela filosofia histórica da política. Apresentar e discutir criticamente as ideias que fundaram as matrizes do pensamento político ocidental. Tende a refletir, de forma comparativa os autores do período clássico, bem como os chamados humanistas, contratualistas e seus críticos, analisando os pensadores que mapearam as leis do Poder.

Por este motivo, é preponderante a prospecção sócia analítica, que obterá informações sobre o futuro a partir da história e registros premonitórios, não havendo necessidade de prender-se ao tempo cronológico e sim aos eventos propostos no videncialismo. Deverão ser usados vários processos, entre os quais propomos a reanálise astrológica pelo viés da astronomia voltada para a geografia terrestre. Na sequencia buscaremos informações sobre a forma que as sociedades agem instintivamente em função das suas necessidades. Analisaremos como estas inseridas nos Estados continuam independentes, polivalentes e ou prioritárias diante das restantes. Na versão geográfica quanto mais Estados envolvidos, mais voltado estarão pra dentro de si mesmo, logo, uma nação trancada dentro de si mesma estará mais propensa a atos discriminatórios.

A propositura do prospectivismo está disposta em atividades curriculares paradigmáticas dispostas em um mapa buscando encontrar as influências diplomáticas das nações e suas visões sobre a vida e a percepção que estas têm, e de como as outras nações pensam sobre as suas decisões. Pelo mapa geográfico, quanto mais nações envolvidas num projeto de poder, mais ela vai querer se projetar no mundo. Nota-se que nações populosas poderão ter dificuldade de parar, o que estão fazendo, para olhar dentro de si mesmas, na busca da resolução dos seus problemas. Diante disto surgem as alternativas ideológicas da religião, outrora contra facetada e de conteúdo utópico. Seu conteúdo de estudo está diretamente relacionado com as relações interpessoais e a forma como as pessoas encaram os relacionamentos quando confrontadas com o espírito nacionalista chamado de patriotismo.

Quanto mais povos envolvidos, quanto mais ambiciosa, decidida e egocêntrica será a nação, buscando agir por conta própria, seu livre arbítrio poderá ser contestado. O estudo será constituído pelas análises do que influenciou e vem influenciando a forma como os Estados passaram trabalhar em blocos assim como as suas motivações e ambições que fazem estes desistirem. Quanto mais estados envolvidos neste quadrante, mais voltado e dependente dos outros serão, terão que conviver com situações, em que não poderão agir da maneira que querem.

Nosso conteúdo programático apresenta uma proposta curricular de treze módulos que somam trezentos e noventa horas mais a Atividade de Conclusão de Curso Os instrumentos paradigmáticos são:

  1. ESR - Escatologia Sísmica da Religião: Estudo da etnologia e construção da identidade através da análise da variação da velocidade com que se propagam ondas religiosas criadas de forma expansionista globalista. Estudo e a análise das religiões num contexto histórico específico e sua influência sobre os processos antropológicos e sociológicos. Procura pesquisar a história, os fenômenos e as tradições religiosas, estudando e interpretando textos sagrados, doutrinas e dogmas. Com esses conhecimentos, analisar a influência da religião sobre a organização e a dinâmica dos grupos sociais e das sociedades, associando essas informações a outras áreas de conhecimento das ciências humanas.

A pesquisa deve: avaliar os ramos do teocentrismo que levam a corrida armamentista que sempre ocorre com a mudança de paradigma religioso. As guerras no tempo do Antigo Testamento às Cruzadas. Propõe a descrever o mundo bipolar, a era dos extremos e a teoria do grande conflito dentro do contexto de crenças e divindades como: ateísmo positivista e cético; politeísmo egípcio, babilônico, nórdico, grego e monoteísmo judaico, cristão e islâmico. Filosofias orientais e rituais africanos. Buscará sabatinar as profecias messiânicas que apontavam ao primeiro advento de Cristo, de acordo com as teorias: Futurismo e Preterismo. Incentiva estudar no aspecto histórico do poder universal no sonho do rei da Babilônia, Nabucodonosor. Assume analisar as visões do profeta e seu significado temporal. Entender porque Jesus citou sua profecia advertindo que seu cumprimento se daria naquela geração.

  1. SEP - Sociologia Elétrica Positivada: Consiste na identificação de propriedades elétricas culturais dos grupos étnicos que se propagam como feixes de luz, analisando sua resistividade diante a cultura de outros povos. Diagnosticando as causas e consequências das migrações e imigrações. É o estudo das origens, do desenvolvimento, da organização e do funcionamento das sociedades e culturas humanas. Procura estudar os fenômenos, as estruturas e as relações que caracterizam as organizações sociais e culturais; analisar os movimentos e os conflitos populacionais, a construção de identidades e a formação das opiniões. Trata de pesquisar costumes e hábitos e investigar as relações entre indivíduos, famílias, grupos e instituições. Busca desenvolver e utilizar um conjunto variado de técnicas e métodos de pesquisa para o estudo das coletividades humanas e interpretar os problemas da sociedade, da política e da cultura.

No contexto sociológico estudar a institucionalização da função sócio jurídica e o equilíbrio de conflitos; o direito como eficácia e legitimação da ordem jurídica e a imunidade diplomática. Avaliar os problemas mundiais destacando o estudo positivo da política internacional tendo como foco os problemas estratégicos contemporâneos e sua conformação a partir de uma abordagem histórica; discutir criticamente a questão dos recursos naturais como: minérios, petróleo, água e energia nuclear. Compreender a não resolução de alguns conflitos internacionais devido à peculiaridade dos mesmos como assuntos estratégicos, apresentando a face estratégica das tensões asiáticas e a crise no Oriente Médio. E por fim delinear o mapa estratégico nos Continentes entendendo o significado do mito da desterritorialização e quais as suas tendências.

  1. AGP - Antropologia Gravimétrica Perspectivista: Métodos de pesquisa que permite quantificar uma cultura em determinada religião, estudando as diferenças na aceleração cultural gravitacional em diferentes solos ideológicos, que possam indicar irregularidades na densidade histórica dos povos. Deve ser um estudo bem planejado da execução de políticas públicas e de programas sociais voltados para o bem-estar coletivo e para a integração do indivíduo na sociedade. Deve estudar a questão da exclusão social, acompanhando, analisando e propondo ações para melhorar as condições de vida das pessoas. Criando campanhas e implantando projetos assistenciais. Tende a formular projetos e políticas que atendam aos segmentos excluídos da sociedade.

Pela antropologia estudar a construção social da identidade e da diferença nas sociedades complexas destacando seus conceitos. Fazer a diferença entre identidade e identificação tendo abordagem antropológica da cultura e identidade étnica e racial, de gênero e outras formas de classificação. Identificar e fragmentação nas sociedades complexas sua fluidez e redes de relações em situações sociais densas. Avaliar a dinâmica cultural na sociedade moderna contemporânea e globalização. Em perspectiva do direito analisar as noções preliminares, seus fundamentos éticos, sua dimensão política na perspectiva da teoria da justiça. Entender o que é direito mínimo existencial, reserva do possível e políticas de ação afirmativa, explicando as dimensões éticas e políticas do direito natural. Determinar o valor gravimétrico e o sentido do direito no contexto dos problemas da sociedade.

  1. RIH - Radioativismo Ideológico da História: Este método possibilita fazer a identificação e medição de partículas doutrinárias de radioatividade teológica, filosófica e científica que formataram o direito humanitário internacional. É o ramo da história cujo campo do conhecimento estuda o passado humano em seus vários aspectos: economia, sociedade, cultura, ideias e cotidiano, sempre traçando a linha do poder, busca investigar e interpretar criticamente os acontecimentos, buscando resgatar a memória da humanidade e ampliar a compreensão da condição humana sempre se baseando em dados verossímeis, principalmente, na pesquisa de documentos, como manuscritos, impressos, gravações, filmes, objetos e fotos.

Avalizar a história do poder, antiga e medieval com Gengis Khan na antiguidade oriental, Alexandre e Júlio Cesar na antiguidade ocidental. Entender o significado de organização social como reflexo da religião e das condições geográficas. Destacar eventos da antiguidade e seu legado clássico na fragmentação do cristianismo e a expansão do islamismo. Estudar as diferenças e processos migratórios evidenciando as relações que se estabelecem na população e os processos de mudança social. Examinar e discutir, mediante perspectivas comparativas, deslocamentos de diferentes protagonistas.

Debater as construções teóricas e metodológicas utilizadas para compreender as diversas dinâmicas envolvidas nos processos migratórios. Analisar o confronto entre o “nós” e o “outro” produzidos pelas migrações, êxodo, diáspora. Analisar a produção social no espaço urbano evidenciando a soteriologia como estudo central do cristianismo e islamismo por acreditarem numa salvação genérica que decorre da fé na pessoa de Jesus Cristo, Abrangendo seu mistério da vida, morte e ressurreição. Estudar os aspectos político teológico-trinitário e de um Deus único, indivisível. Buscar elementos que, possibilitem refletir acerca da história da salvação.

  1. MLC - Magnetismo Literário Cultural: Estudo das alterações nos campos magnéticos culturais religiosos transcontinentais, causadas por fenômenos étnicos e das sociedades complexas. É a área científica que cuida da crítica, da reflexão e da pesquisa dos vários gêneros literários. Focado em pesquisa literária, prepara-se para a crítica teórica e a produção de textos, busca especializar e dominar o processo de produção teórica da história da literatura e comparar com as outras áreas de conhecimento ligadas às ciências humanas.

Estudo das línguas, cultura e artes, analisando a história dos sons, ritmos, instrumentos musicais, dentro do contexto regional e sua aplicação no cenário global. Destacar as tendências musicais contemporâneas e análise das músicas que se tornaram símbolos revolucionários. Compreender a literatura, fenômeno profético e divinação no Antigo Oriente dentro dos processos divinatórios entre os egípcios e os hititas, avaliando o fenômeno profético nos textos de Mari, nos testemunhos babilônicos, entre os cananeus e em Israel. Identificar os elementos comuns e elementos próprios do profetismo bíblico. Avaliar o Nabi e o profeta individual no profetismo bíblico. Conhecer a história do povo hebreu, exegese de textos seletos dos profetas do séc. VII.

  1. MGP - Meteorologia Geográfica do Poder: Descrever os achados de valor histórico, no caso de não existirem vestígios culturais da existência de uma civilização antiga na superfície. Estuda a superfície, o clima e a vegetação do planeta e sua ocupação pelo homem. Estuda o solo, o relevo, o clima, a distribuição das águas e a vegetação da Terra. Analisa a organização das populações e sociedades, sua relação com o ambiente e a ordenação social e econômica de espaços urbanos e rurais, elaborando planos e diagnósticos para a redução do impacto socioambiental.

Entender a geografia fronteiriça, seu espaço na geografia do mundo e produção do espaço regional influenciado pela região ou ciência. Compreender o que é regionalização, território e Estado. A fragmentação do espaço pelos movimentos separatistas, sua dinâmica regional e classes sociais dentro do espaço mundial. Avaliando os blocos continentais, socioeconômicos e a formação dos grandes blocos de poder e os vácuos de poder nas regiões fronteiriças. Avaliar a geografia e o futuro do Estado laico e socialismo do poder, suas formas de governo e sistema de governo na ordem internacional. Entendendo as mudanças do Estado por reforma e revolução. Entender a função do Estado Islâmico impositivo e sua previsibilidade apocalíptica na região do rio Eufrates.

  1. THN - Tensiometria Heráldica das Nações: Estudo de brasões e emblemas procurando determinar o grau de esticamento histórico de um poder e medir sua tensão de domínio cultural; ramo das relações internacionais cujo estudo é a condução das relações entre povos, nações e empresas nas áreas política, econômica, social, militar, cultural, comercial e do direito. Busca analisar o cenário mundial, investigar mercados, avaliar as possibilidades a fim de antecipar eventos. Reavalia os entendimentos entre empresas e governos de diferentes países, abrindo caminho para a internacionalização conceitual e ampliar o campo de atuação das crenças prospectivistas.

No contexto das relações internacionais, analisar as causas estruturais e conjunturais pertinentes ao aparecimento ou reaparecimento de variados conflitos externos, principalmente os relacionados aos fenômenos étnicos, religiosos, econômicos e políticos. Analisar os novos atores e novos temas da agenda de segurança internacional e hemisférica, de acordo com o cenário internacional. Entender sobre direito comunitário e da integração estudando o fenômeno da formação dos blocos econômicos regionais.

Compreender o direito comunitário europeu e seus órgãos decisórios suas normas primárias e secundárias, suas características da norma jurídica comunitária. Avaliar o direito da integração em outros blocos, seus Tratados constitutivos sua estrutura jurídica e institucional com adoção da fórmula arbitral para a solução de controvérsias. Entender a posição do direito da integração perante o direito constitucional dos Estados – Partes, avaliando a integração regional e autonomia do seu ordenamento jurídico, instituições e seus ordenamentos jurídico.

  1. SAN - Sedimentologia Arqueológica Numismática: Ramo da arqueologia cuja ciência estuda as sociedades humanas por meio de objetos que foram produzidos e utilizados no passado, principalmente moedas e medalhas. O prospectivista arqueólogo explora e analisa a sociedade antiga pelos seus vestígios e as características que ajudaram a constituir as sociedades que conhecemos hoje. Com conhecimento de história e olhar analítico, aumentará as condições de pesquisar e descobrir como foi feita a ocupação humana no passado por meio da observação e análise de marcas preservadas pelo tempo. Estuda as moedas e medalhas como partículas derivadas da erosão de culturas ou de materiais teológicos que possam ser transportados e favorecidos pelo fluido globalista. Como introdução à arqueologia evidencia as diferentes culturas materiais humanos e os processos de transformação e conservação dos sítios e vestígios arqueológicos; fazendo uma reflexão sobre o conhecimento arqueológico como meio de divulgação e de preservação dos sítios e vestígios arqueológicos, estudando a sociedade através da cultura material e as sociedades antigas e seu patrimônio cultural.

Trata-se de uso do método arqueológico para estudar as teorias do pós-morte: reencarnação, ressurreição, transformação, céu, inferno, purgatório e comunicação com os mortos. Avaliar os simbolismos que envolvam conflitos e a luta pelo poder e comparar aos eventos que ocorrem na política mundial. Analisar os símbolos Dragão Vermelho, Besta Fera de sete chifres, Babilônia, Besta Fera de dois chifres. Avalizar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo dentro do contexto simbólico, destacando a fidelidade no livro de Apocalipse com sua escatologia comparada como: arrebatamento invisível, arrebatamento visível, Trono branco, milênio, julgamento de vivos e mortos, lago de fogo, nova Terra, Terra renovada, hábitos sociais e alimentar na cidade santa.

  1. PPO - Psicologia  Perspectivista Organizacional: Estudo do comportamento social de paz e guerra, focado nas tendências culturais e morais promovidas pelo código universal dos direitos humanos. Análise a partir da serpente edênica e o “daimónion” socrático pelo qual se chega ao conhecimento do confronto entre ciência e religião. Estudar os fenômenos psíquicos e de comportamento do ser humano por intermédio da análise de suas emoções, suas ideias e seus valores. Diagnosticar e prevenir qualquer distúrbio emocional e de personalidade. Analisar as atitudes, os sentimentos e os mecanismos mentais causadores de problemas e a rever comportamentos inadequados, contribuindo para a recuperação da saúde psicossocial.

Obter noções sobre avaliação psicológica, seus fundamentos históricos da psicometria, seus princípios da construção de instrumentos de avaliação psicológica. Aplicar contextos de aplicação, de avaliação e diferenciação entre padrões de laudo pericial, parecer, relatório e atestado. Obter conhecimento sobre psicologia das organizações internacionais não governamentais, considerando conceitos e influências culturais na organização. Avaliar a psicologia no processo produtivo e a busca pelo poder, seus movimentos reivindicatórios, sua ideologia e a organização política, suas relações de poder e forma de gestão.

  1. DPF - Dinamometria Paleográfica Filosófica: Estudo dos caracteres oriental, das escritas antigas e desenhos rupestres para medir a intensidade de uma premonição e das alterações causadas por ela num sistema elástico temporal. Técnica filosófica com prática de análise, reflexão e crítica na busca do conhecimento do mundo e do homem. Dedica-se a investigar e a questionar com profundidade e rigor metodológico a essência e a natureza do universo, do homem e de fatos. Estuda as grandes correntes do pensamento e as reflexões sobre questões éticas, políticas, metafísicas e epistemológicas, além de buscar compreensão teórica de conceitos, como os de espaço, tempo, verdade, consciência e existência. Na filosofia da história promover a introdução à lógica, relação da lógica com ênfase nos aspectos epistemológicos, justificação, dedução, definição.

Destacar os aspectos metafísicos da verdade, essência, individuação e aspectos linguísticos em seu termo, proposição, juízo e forma lógica. Provar e consistência, completude e decidibilidade com noções do desenvolvimento histórico da lógica, propedêutica e lógico-semântica.  Estudar sobre o sentido da ação humana e as relações entre a natureza e a cultura. As teorias sobre a cultura, interpretação fenomenológica, interpretação dialética, interpretação estruturalista, interpretação psicanalítica, interpretação cristã. Conhecer as tendências da cultura contemporânea, cultura e civilização do trabalho, cultura e técnica, cultura e ideologia na ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita e lições sobre a filosofia da história, em razão na história.

  1. EAD - Exegese de Adensamento do Direito: Hermenêutica minuciosa com explicação gramatical, histórica ou jurídica de um texto ou de uma palavra para entender o fenômeno religioso associado ao crescimento de seguidores em áreas desterritorizadas e ou com vazio de poder. Ramo do direito cuja ciência cuida da aplicação das normas jurídicas vigentes no mundo, para organizar as relações entre indivíduos e grupos na sociedade. Busca zelar pela harmonia e pela correção das relações sociais. Busca analisar as disputas e os conflitos com base no que está estabelecido nas leis, defendendo interesses em diversos campos, ou seja, onde houver conflito.

Trata-se de introdução ao estudo do direito, seus objetivos, direito, sociedade e cultura. Traçando o relacionamento do direito com as demais formas de conhecimento, como: direito, moral e regras de trato social e conceitos; direito objetivo e direito subjetivo, suas fontes, noções do direito público e direito privado. Análise sobre direito e lei, técnica legislativa, Estado democrático, sistema de direito contemporâneo, suas noções gerais de direito romano, germânico e da common law.

Estudar o direito socialista, pós-socialista e direito islâmico, com suas concepções. Avaliar o direito muçulmano, na Índia, no Extremo Oriente e na África e o Constitucionalismo. Sistemas jurídicos em perspectiva comparada: globalização, universalismo, pluralismo jurídico e seus sistemas. Sabatinar o direito internacional com suas noções gerais a ordem jurídica internacional e a autonomia dos Estados. Avaliar as coletividades estatais e não estatais, seus atos jurídicos internacionais seus espaços comuns internacionais. Compreender o tema contencioso internacional, suas noções gerais, os conflito de leis no espaço e a condição jurídica direito positivo no estrangeiro.

  1. PPJ - Profilaxia Premonitória Jornalística: Visa estimular a sensação ou advertência antecipada com fins de prevenir as guerras em nível internacional através de diversas medidas que vão desde procedimentos culturais como o uso da tecnologia. Tornando eficaz a vacina da solidariedade, explorando a capacidade sobrenatural de se prever o futuro. Estudo de um relato, religioso ou não, no qual se afirma prever acontecimentos futuros. Tais relatos que originam da previsão; pode ser visões, sonhos ou até mesmo encontros com um ser sobrenatural, sendo considerados como mensagens sobrenaturais.

Pelo método jornalístico contemporâneo em clarividência, analisar e debater sobre questões que envolvem publicações de pessoas que são capazes de intuírem o futuro e que se consideram clarividentes e ou profetas. Fazer análise comportamental pela proposta do behaviorismo como ciência do comportamento. Sabatinar a evolução dos princípios e conceitos da análise do comportamento e questões sociais, destacando as raízes históricas da psicologia cognitiva e sua relação entre linguagem, cultura e cognição.

Reaproximar da ufologia para entender de forma mais empírica como os objetos voadores não identificados podem garantir o aprofundamento de ordem científica. Estudar as formas catalogadas pela casuística ufológica e intender seus objetivos. Estudar introdução à estatística, sua análise exploratória de dados e noções de probabilidade. Fazer amostragem e estimação com testes de hipóteses. Organizar e descrever conjuntos de dados e dominar os fundamentos básicos de probabilidade e de inferência estatísticas no campo sociológico.

  1. MPP - Metodologia da Pesquisa Prospectiva: É o estudo dos métodos, especialmente dos métodos das ciências. É um processo utilizado para dirigir uma investigação da verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar um fim determinado. Ela aborda as principais regras para uma produção científica, fornecendo as técnicas, os instrumentos e os objetivos para um melhor desempenho e qualidade de um trabalho científico. É uma das atividades primordiais para a elaboração dos trabalhos realizados com base na metodologia científica. É a fase da investigação e da coleta de dados sobre o tema a ser estudado. Estudo do livro I Ching através de consulta periódica e análise comparativa com as noticias do dia usando o diagrama de Ishikawa de causa e efeito a matriz de GUT e outras.

Estudar as regras para elaboração de artigos e monografias. Usar a metodologia de pesquisa nos livros sagrados. Introduzir a hermenêutica bíblica com o estudo do I Ching, analisando o Alcorão e Vedas. Introduzir à meditação sobre o problema de Deus, razão, a fé, a ética, a religião, o mal e a verdade nos tempos antigos e no mundo contemporâneo. Estudar as correntes históricas que o determinam, suas aporias, tentativas de superação e impasse a que chegam. Conhecer o caminho de solução na visão antológica da filosofia, na história do cristianismo e sua proposta de globalização. Destacando o cristianismo primitivo, cristianismo romano, cristianismo islâmico, separação da igreja católica e ortodoxa, o anglicanismo, o movimento adventista, o movimento de reforma, o movimento pentecostal e carismático e na contemporaneidade o conflito entre a cristandade e o islã, entre protestantes e evangélicos neopentecostais.

CCP - Conclusão do Curso Prospectivista: Seminário do livro Sentença - Analise prospectiva do julgamento de Jesus pela filosofia histórica do direito e pela sociologia antropológica da psicologia. Estudo avançado sobre os atos; nulos, anuláveis e inexistentes, baseado nos autos dos processos evangélicos escritos por Mateus, Marcos, Lucas, João e Mórmon. (SEVAXACH, 2016). - Monografia (40-60 laudas) - (Orientação, apresentação e defesa).

Em sentido figurado, a palavra prospecção pode ser a análise dos sentimentos ou pensamentos de outra pessoa. Por esse viés o estudo atua numa área importante do mundo global, porque consiste no conjunto de métodos usados para procurar, conquistar e convencer os rumos da política mundial. Ele não deve prender-se a padrões de sujeições autorais vez esses exigem compreensão ipse literis e sim a padrões que facilitem a compreensão de suas perspectivas. A escada do conhecimento que apresentamos a seguir revela a projeção seguida pelo prospectivismo.

PROSPECTIVISMO

CIÊNCIA

FILOSOFIA

RELIGIÃO

ITOLOGIA

ENDA

DESENVOLVIMENTO

Intimamente relacionada com a  prospecção de mercado religioso, ele consiste em analisar minuciosamente e estudar as oportunidades apresentadas por cada ideologia, conforme a língua global descreve na palavra prospect. Como anamnese busca identificar mitos potenciais a se firmarem como profecia, de forma a sobreviver perante os desafios da ciência laica atual com sua forte concorrência e oposição. É importante fazer a identificação e valorização dos stakeholders, ou seja, culturas envolvidas e com interesse na premunição em questão até que possa conquistar um espaço maior no mercado científico acadêmico neste contexto analisemos resumidamente cada degrau da escada do conhecimento.

LENDA – E entendida como uma narrativa inicialmente transmitida oralmente, visando explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais ou possíveis com imaginários que vão se modificando através do tempo destacando a cultura de um povo e de suas tradições. Embora remotas, as lendas tentam fornecer explicações para todas as situações que não apresentam explicação científica comprovada. Os fenômenos sobrenaturais têm explicações difíceis de serem aceitas pelo método racional. O que é mais importante destacar na lenda é que não podemos identificar com precisão quando, onde e porque surgiu, logo fica prejudicado avaliarmos a sua importância a época e que impacto ofereceu ao futuro.

MITOLOGIA – É a história de personagens sobrenaturais, cercados de simbologia e venerados sob a forma de deuses, semideuses e heróis, que regiam as forças da natureza, comandavam raios, ventos, rios, céus e terras, sol e lua. É considerado hoje como um conjunto de fábulas que explicam a origem dos mitos, das divindades mitológicas, que tinham nas mãos o destino dos homens e regiam o mundo. Embora tenha as características inicialmente da lenda, o mais importante destacar é que podemos identificar com precisão quando, onde e porque surgiram, logo facilita avaliarmos a sua importância a época e que impacto ofereceu ao futuro que ora vivenciamos.

RELIGIÃO – É um culto que aproxima o homem das entidades a quem são atribuídas poderes sobrenaturais, é também um conjunto de princípios, crenças e práticas de doutrinas religiosas, baseadas em livros sagrados, que unem seus seguidores numa mesma comunidade moral. Pela fé as pessoas buscam a satisfação nas práticas e ritos religiosos superar as provações o sofrimento e alcançar a felicidade. O que é mais importante destacar na religião é que podemos identificar nitidamente, com precisão científica quando, onde e porque surgiu, logo torna favorável avaliarmos a sua importância a época que surgiu, o impacto que ela oferece no presente e as expectativas que ela apresenta para o futuro.

FILOSOFIA – É a busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. Foca as questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé, e sim na razão. Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. É a base no conhecimento empírico, neste pode-se saber que uma determinada ação provoca uma reação, sem que, contudo, se saiba qual o mecanismo que leva da ação à reação. O que é mais importante destacar na filosofia é que ela oferece no presente dúvidas cujas expectativas serão úteis no futuro.

CIÊNCIA - Em geral ela comporta vários conjuntos de saberes os quais são elaboradas suas teorias baseadas em seus próprios métodos científicos. Todo seu conhecimento adquirido vem através do estudo sistemático ou da prática, baseado em princípios predeterminados e certos, sempre se valendo de registros anteriores. Como conhecimento rigoroso e racional de qualquer assunto e domínio organizado do saber excessivo conseguido pela prática, raciocínio ou reflexão, exige ser obtidos por observação ou pela demonstração de certos acontecimentos, fatos, fenômenos, sendo sistematizados por métodos ou de maneira racional. Sua maior importância é soluções no presente e respostas com probabilidades no futuro.

 

PROFECIA

A palavra “profeta” vem do grego “prophetes”, e significa “falar antes”, provavelmente devido à denominação antiga pela qual se chamava os profetas de “vidente”. Achava-se que o profeta saberia das coisas, receberia visões de Deus, e possuía espírito premonitório. Estas profecias escrita na Bíblia ou em outro livro sagrado seriam a Palavra de Deus enviada a nós, através do relato fiel dos profetas que escreveram pela inspiração divina registrada sem falha até que fossem estabelecidos os acontecimentos preditos. Isso se aplica também aos cientistas intuitivos que apresentem determinada teoria e esta vem no futuro comprovar sua veracidade.

Na visão teológica só existe profecia vinda de Deus, pois só Deus tem o poder de saber o futuro e altera-lo, porque só Deus é Onisciente (sabe tudo), só Deus é Onipotente (Pode tudo) e só Deus é Onipresente (está em todo lugar), só Deus é Imanente (inseparavelmente contido na natureza) e só Deus e Transcendente (excede os limites). O ser humano não pode profetizar se Deus não falar com ele, mas pode fazer conjecturas, previsões, julgamentos e análises. Quanto a intuição científica, comprovar o existente é ferir o calcanhar da religião, o fazer acontecer, o tornar real, uma ideia científica é fazer ciência.

Nesta perspectiva de análise de eventos futuros utilizando o principio da casualidade, o livro das mutações I Ching, o Vedas e Tripitaka, os profetas bíblico, o Alcorão e outros, serão utilizados não como objetos de adivinhação, mas para ter através deles melhor compreensão global da religião e seus aspectos premonitórios. A partir daí comprovar ou fazer acontecer. Pelos estudos vemos que no Oriente e no Ocidente o modo de pensar diferenciou a forma de interação com outros povos.

Fazemos um aparte para destacar das palavras de Jorge Almeida Pereira nossas, pois nós nos foi endereçada no ano de 2013: “Alternativas de transformações são muitas, escolher a opção real é um processo que demanda mutação”. Como prognóstico o prospectivismo faz o entrelaçamento histórico cultural das relações internacionais nos moldes interpretativos da visão dos grandes pensadores. Como ciência humana estuda o desenvolvimento do homem no tempo, desvinculado dele, por isso a análise de arroubos proféticos e intuições científicas.

Estuda a segurança internacional e seu papel nas relações internacionais. Supremacia e hegemonia na política internacional das grandes potências. Estudo sobre segurança humana, securitização, Ingerência internacional e segurança global (missões de paz, terrorismo, crime organizado, reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, principais regimes internacionais de segurança) e o papel dos Estados Unidos, Rússia, China e União Europeia na questão de emigração e segurança internacional conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos). Estudo das matrizes das correntes teóricas das Relações Internacionais, termos e conceitos fundamentais da área. Noção de meio internacional, sua evolução, e os principais fenômenos, forças e agentes que dele participam. E completa o estudo discorrendo sobre paz e guerra entre as nações.

O prospectivismo interpreta os processos históricos do poder, personagens e fatos para melhor compreender um determinado período de domínio cultural ou da civilização ampliada, sempre fazendo valer a origem das palavras e seu nascimento em períodos de dominação. Um de seus principais objetivos será resgatar fatos cujos eventos no futuro interpretem os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento e harmonia social.

Entender seu passado será também importante para a compreensão do presente e sua prospecção. Ele terá na história um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo prospectivista e decodificadas no meio acadêmico e sua secularização. A universalidade que caracteriza o fenômeno premonitório marca presença em todas as sociedades humanas, influenciando a forma como vemos e reagimos ao meio que nos rodeia. As principais características "comuns" ou "partilhadas" entre elas são conjuntos de símbolos; sentimentos e práticas religiosas e perpetuam-se através de cerimonias habituais que ocorrem predominantemente em locais sagrados.

Durkheim ao estudar a religião em comunidades pequenas, considerou a religião como uma “coisa social”. O sagrado e o profano como partes concebidas pelo espírito humano e uma natural superioridade do sagrado em relação ao profano. A religião é dotada de símbolos que seguimos para manter contato com esse universo. As concepções religiosas efetivamente determinam a conduta econômica e suas transformações sociais.

Weber concentrou a sua atenção nas religiões que abandonam o espírito tribal pró-globalização e procuram significado para a existência e segurança quanto ao sofrimento e morte e responda às indagações e problemas da condição humana. A religião é uma das fontes causadoras de mudanças sociais. Os dogmas religiosos e sua interpretação são partes integrantes dessa visão do mundo; é preciso entendê-los para compreender a conduta dos indivíduos e dos grupos e seu comportamento econômico.

Nas origens da religião, o hinduísmo surgiu englobando um conjunto de tradições culturais, sociais e religiosas. O conceito de divindade é simultaneamente panteísta e politeísta. O mundo como um estado transitório é de importância reduzida. A ideia de reencarnação patente na sua doutrina não considera o mal sendo atentado contra Deus. Valendo-se desta interpretação dessa interpretação ampliada ao conceito taoista chinês, o pensador árabe consegue traduzir em numeral o conceito de equilíbrio apresentado pela álgebra o valor do zero.

O Prospectivismo como filosofia da história e do direito, refletirá sobre o sentido da história, explorará a essência do fenômeno jurídico, e o futuro da história humana. A realização da consciência racional plena como realizações coletivas nos diferentes paradigmas, como o Positivismo, o Historicismo, e o Materialismo Histórico, definindo suas funções, fontes e critérios de validade, formulando propostas e se preocupando com os critérios de justiça e o problema da verdade.

O prospectivismo será a forma paradigmática de oferecer interpretação da história efetiva, que pode ser estudada e demonstrada através de suas fontes considerando como "realidade" e como "conhecimento". Neste contexto as premissas do construtivismo se apresentam em quatorze estruturas de sustentação tendo no interior das vigas à perspectiva que estarão unindo suas colunas, formando a prospecção ideal.

1 - O mundo da religião é predeterminado pela onisciência divina dentro dos limites do livre-arbítrio. O mundo da ciência não é predeterminado, mas sim construído pelos atores e interpretes dos textos sagrados ou teorias científicas, pela interação ou negação de seus conteúdos.

2 - A religião confirma a pré-existência da natureza ontológica. Considera o ser em si mesmo, dedica ao estudo das características mais gerais do ser racional e faz com que seja possível as várias existências A ciência é a negação de qualquer antecedência ontológica dos agentes e estrutura, procurando a criação da visão global a partir de proposituras ontológicas.

3 - A religião propõe a negação da anarquia no plano das relações internacionais prevendo a hegemonia de um Estado na nova ordem mundial. A ciência propõe que se existe anarquia é porque os atores assim desejam. Na realidade existe um conjunto de normas e regras norteadoras do jogo internacional direcionando para a poliarquia proposta por Robert Dahl. Para ambos a anarquia internacional é socialmente construída. O sistema internacional pode variar entre o conflito e a cooperação.

4 - O determinismo religioso almeja um mundo melhor assumindo e aceitando a possibilidade de um novo céu e uma nova terra ou os mesmos renovados após um milênio de descanso. O determinismo científico procura construir os meios necessários para ocupar um novo céu e uma nova terra diante do esgotamento acelerado dessa primeira ou sua conservação radical.

PROJEÇÃO EM PERSPECTIVA

O processo na gestão prospectivista demonstra uma decisão em perspectiva de valor e utilidade como uma das mais importantes e características funcionais do prospectivista de acordo com as atividades de planejamento, direção e controle. O processo de interpretação em perspectiva do poder e na sua tendência cultural é complexo. Pode enveredar por caminhos muito diversos, desde o impulso repentino, complementado por imposição autocrática, até a análise aprofundada, seguida por laborioso processo de negociação e compromisso.

Ao abordar o estudo da projeção em perspectiva, convém examinar o juízo de valor. Trata-se de um conceito identificado como “princípio de eficácia”, sobre essa eficácia submetemos nossas decisões. Toda sociedade possuem diferente perfil de valores, de modo que opta por dogmáticas diversas, em face do mesmo problema. A decisão em perspectiva é indissoluvelmente ligada ao perfil de valores da sociedade ou da tendência cultural, sendo, pois, subjetiva e intransferível de um poder para outro. Um segundo conceito que intervém no processo prospectivista é o de “utilidade causal”. É a unidade de eficácia, que permitirá efetuar medições quantitativas na escala do valor. É no arcabouço constituído pelo sistema de valores, e demarcado pela métrica das utilidades, que se desenrola o processo de projeção em perspectiva.

A projeção em perspectiva deve ser esquematizada logo na percepção da existência do problema. Seja por força de sua intensidade, seja em face de sua reincidência de determinado problema. O instante em que isso ocorre depende da sensibilidade do exegeta. O atributo mais importante é a capacidade de identificar os problemas, separar os reais dos falsos, os essenciais dos secundários, dedicar-se à resposta das questões que requerem efetivamente atenção, e não intervir nas demais. A percepção do prospectivista deve ser comparada a uma lente que não deve deformar a realidade, mas, sim, trazer a imagem do mundo externo com o máximo de fidelidade.

A fase de delimitação do estudo é, talvez, a mais importante na análise de qualquer problema em qualquer área, porque ela estabelece os horizontes da análise. Se o problema for definido com estreiteza de vistas, a resposta final será, provavelmente, limitada em sua aplicação e errada sob determinadas circunstâncias. Em geral, quanto mais ampla for à definição do objetivo do problema, menos provável será a ocorrência de sub otimização. Essa definição é designada como o ponto de vista do sistema, isto é, procura-se encarar o problema no contexto do sistema geral, em vez de fazê-lo por um prisma limitado.

O prospectivista empenhado em tomar decisões lúcidas, busca em levantar informações, pelo menos em número suficiente para permitir uma tomada de rumo e controle da situação. A atividade de patrulhamento das possibilidades é destinada ao reconhecimento da configuração geral do mundo exterior. As variáveis exógenas, as que fogem ao controle, mas que influem decisivamente sobre seu sistema, devem ser identificadas e isoladas, quer seja na conjuntura religiosa ou científica.

Se o prospectivista já possui um número suficiente de informes sobre a situação para estar apto a construir um modelo do estado das coisas, o estudo pode ser um esquema simples ou um mecanismo elaborado com projeção linear. Ambas são convocadas a promoverem o equacionamento do problema. O prospectivista deve estar sempre em posição de saber quais os condições e situações irá enfrentar, e saber que dogmas ou conhecimento são necessários para alimentar seu paradigma. De posse do maior número possível de fatos, o estágio seguinte reside na análise dos conteúdos colhidos, sempre procura-se confirmar a conveniência de intervir, caso o diagnóstico indique a existência de situação insatisfatória.

Na fase do estabelecimento dos critérios de decisão em perspectiva e da escolha do método, o prospectivista deve pronunciar-se quanto aos critérios de decisão em perspectiva que irá adotar. São as regras do grande conflito, que permitirão entre alternativas, escolher a proposta vitoriosa dentro desta contenda entre fé e ciência. Na fase de resposta do problema, procedendo-se aos previsionistas dos dogmas totais ou dos retornos das diversas alternativas, obtendo-se, de maneira objetiva, as utilidades das várias opções. Convém verificar a sensitividade da resposta à variação nos estados da natureza humana e estatal. A maior parte dos conceitos obtidos nas fases de levantamento da realidade exterior é sujeita a certa indeterminação. É necessário saber se as previsões não serão alteradas ao passarem pela ponte flutuante dos alvos considerados em cada coluna curricular.

Por mais completo que seja um paradigma, ele ainda não engloba todos os aspectos relevantes. Alguns diagnósticos são considerados  imponderáveis, cito: dogmas sociais ou externalidades religiosas e científicas. Estes poderão fazer desempatar alternativas quantitativamente equivalentes, ou, ao contrário, fazer reverter preferências e estimular o fundamentalismo. Essas considerações supervenientes devem ser levadas em conta pelo exegeta. Uma decisão em perspectiva raramente deve ser analisada, tomada e implementada por uma só tendência. Nas tendências culturais, as decisões relevantes devem ser debatidas pela comunidade dando voz ao leigo e neófito. Influências pessoais, políticas de grupos, preferências subjetivas e uma série de fatores imponderáveis vêm em geral superpor-se ao processo sistemático prejudicando a prospecção.

A tradição da tendência cultural, sua história, suas diretrizes, sua estratégia, formal ou informal, vão influenciar a decisão em perspectiva final, alterando ou mesmo deformando a resposta proposta pelo exegeta. É frequente a adoção de uma resposta dogmática que vise atender à média dos interesses das partes conflitantes. A última etapa do processo decisório é a aprovação pragmática, formal ou informal, da resposta adotada. Intervém aqui um ingrediente especial que, por falta de melhor designação, costuma ser chamado de bom senso, e que permite ao prospectivista imaginar circunstâncias que lhe possam ter escapado na ocasião do embate. Esse senso prático, ou senso da realidade, reconduz o exegeta ao terreno dos fatos.

A aprovação final requer muitas vezes um ato formal, a assinatura de um compromisso, a publicação de um decreto. A existência de documentos dessa natureza indica certo grau de cuidado na projeção em perspectiva. Poderia constituir um ponto de partida nas investigações dos procedimentos decisórios. A decisão em perspectiva busca evitar o embate político discriminatório, baseado mais nas relações de força do que no mérito da proposta.

PROJEÇÃO LINEAR DO PROSPECTOR

Os métodos de análise religiosa e científica correspondem a situações nas quais o critério dogmático é o único que necessita ser tomado em consideração. A análise de acontecimentos descreve as situações enquadradas em estudo, de acontecimentos que correspondem a problemas de escolha entre diversas alternativas teoricamente equivalentes, entre as quais se devem optar pelo prisma dogmático. Em todos esses casos, o objetivo é descobrir a alternativa mais eficaz, religiosa ou científica. O método profético deve ser usado quando não é conhecida as tendências científicas das atuações futuras. Consiste em se elaborar a possibilidade que iguale aos atuais acontecimentos incentivando o retorno do projeto inicial.

O estabelecimento do ponto de equilíbrio de uma teoria ou de uma tendência cultural visa responder a pergunta de qual deve ser o volume de conhecimento necessário para cobrir todos os dogmas, fixos pela religião e variáveis pela ciência. Quando se considera o lançamento de uma nova teoria religiosa ou a instalação de nova unidade científica, é indispensável elaborar o ponto de equilíbrio, e verificar se haverá demanda para esse volume de conhecimento. A noção de pensamento dogmático de estudos e de conhecimento é importante para a racionalização das interpretações. Pensamentos mirabolantes acarretam desvios consideráveis no plano inicial. O conceito é essencial, ainda que se dispense o uso das bem conhecidas fórmulas perspectivas, baseadas em estudo diferencial, procuram estabelecer o valor exato do pensamento dogmático.

A projeção linear permite elaborar o máximo ou o mínimo de uma função perspectiva linear, sujeita a restrições lineares. O prospecto é um método sistemático de se efetuar um estudo sistemático. Os prospectos de projeção linear procedem por procura sistemática das possíveis soluções até encontrar a resposta coerente. A tendência cultural é um modelo de projeção linear que estabelece a quantidade que cada comunidade deve enviar a cada centro de poder a fim de globalizar o projeto central. O resultado da decisão em perspectiva pode, ou não, depender da resposta de um ou mais oponentes, das iniciativas dos concorrentes. Muitas decisões são limitadas a um único ato decisório, outras, pelo contrário, fazem parte de uma cadeia, de uma sequência de decisões. A teoria depende de uma série de resultados parciais, dos quais constituem o elo principal.

Na decisão em perspectiva com objetivos múltiplos a teoria da projeção em perspectiva com objetivos múltiplos é também chamada de análise de valores. Ela visa otimizar os objetivos irredutíveis entre si. O método consiste no estabelecimento dos objetivos; na sua ponderação; no enunciado das alternativas; na estimativa da eficiência de cada alternativa em relação a cada objetivo, obtendo-se pontos de mérito; na adição desses pontos de mérito; na escolha da alternativa de maior mérito. A análise de valores é, pois, um método de avaliação através de pontos, análogo ao que se usa na avaliação de mérito.

Alguns cuidados devem ser tomados ao se usar essa metodologia, a fim de reduzir sua inconsistência. Nada impede que se estenda a análise de valores a situações aleatórias, quando as eficiências das alternativas dependem de diversos estados possíveis da natureza, cuja probabilidade se pode estimar. Decisão em perspectiva em conjunto é o procedimento de projeção em perspectiva adotado pela religião nas assembleias deliberativas, e pela ciência nos congressos temáticos. Os processos de mudanças teóricas devem ser resultado de consenso racional, sempre levando em conta o fator temporal, quando, onde e por quê surgiu. Qual o benefício no presente e que vantagens trará no futuro.

Há dois tipos de situações em que pairam dúvidas sobre o futuro: são chamadas, respectivamente, de situações de risco e de incerteza. A segunda é uma decisão em perspectiva cujo resultado é calculável através dos estudos de probabilidade perspectivista. As situações são de natureza comprovativa, nos quais existe suficiente acúmulo de experiência anterior, permitem o estudo do resultado futuro, de acordo com as leis da probabilidade empírica. A essas situações aplica-se a designação de decisões com risco planejado calculado. A primeira tem caráter religioso e ocorre quando a situação não comporta o estudo de probabilidade nem é de natureza comprovativa, é muito mais interpretativa para entender as ocorrências semelhantes. Na ausência de precedente, a melhor análise a se fazer é estimular os vários estados da natureza que podem pelo impossível fazer acontecer. Essas situações geram as decisões na incerteza, é o exercício da fé.

Se o exegeta estiver disposto a atribuir certa crença, ou probabilidade subjetiva, às situações de incerteza, essas se transformam em situações de risco calculado. Nas situações de risco calculado, é lógico optar pela alternativa que conduz à melhor esperança. Nas de incerteza, o pragmático escolherá a alternativa que redundará na mínima perda possível; o idealista se inclinará a favor da que produz o máximo ganho possível.

Uma fase importante de decisões na incerteza diz respeito a situações em que o prospectivista dispõe de um ou mais indicadores apresentando o futuro da humanidade que lhe permitem reduzir sua incerteza. Não importa em que eixo polar dogmático esteja, a decisão em perspectiva deve ser desenvolvida para determinar qual a melhor estratégia a ser seguida, isto é, qual a ação a ser adotada para cada possível proposta cujo indicador mostre sua viabilidade.

A teoria da decisão em perspectiva para superar os opostos, deve ser compreendida pela teoria dos jogos. Corresponde a situações frequentes nas tendências culturais, que sempre levam em conta, em maior ou menor grau, as reações dos concorrentes, ao mesmo tempo em que muitas decisões próprias são realmente imitações ou contramedidas destinadas a se opor a ações dos competidores. A teoria dos jogos torna-se muito complexa quando se leva em conta a possibilidade de coalizões entre oponentes já que estes surgiram juntos com o grande conflito. É necessário que todo prospectivista seja racional e aplicações sejam práticas podem ocorrer em casos relativamente simples ou conflitos acirrados. O quadro seguinte mostra a posição dos competidores.

Religião

Ciência

Inimizade

Opositores

Adversários

 

O conceito de jogo de soma nula corresponde à situação de um jogo entre dois adversários, quando as perdas de um competidor são exatamente iguais aos ganhos do outro e existe uma só alternativa coerente para cada concorrente. Outra situação muito conhecida é a que corresponde a um jogo simples, entre dois adversários, sem ponto de equilíbrio prova que a melhor alternativa para ambos os adversários consiste numa estratégia mista, formada pela ponderação aleatória de duas alternativas puras.

A teoria da tomada sequencial de decisões é campo bastante desenvolvido. Encontra importantes aplicações práticas nas áreas de controle estatístico de qualidade, e de planejamento e controle de projetos de pesquisa. E por hora torna-se preponderante na versão prospectivista na sociologia histórica do poder em sua projeção profética.

Os desenvolvimentos da teoria perspectiva e estatística da decisão em perspectiva, ainda se mostram muitas vezes insuficientes para lidar com a complexidade das situações sociais. Nesses casos, recorre-se à simulação. A técnica de simulação tem-se constituído numa importante metodologia de análise de situações complexas, permitindo ao prospectivista almejar a obtenção de decisões racionais.

METODOLOGIA DE SIMULAÇÃO

A metodologia de simulação baseia-se na construção de um modelo, geralmente constituído por um sistema de proposições em perspectiva, que tenta reproduzir os aspectos mais relevantes da complexa realidade. Estuda-se, por meio do modelo quando existente um protótipo ou arquétipo quando no imaginário, o efeito de uma alteração nas variáveis exógenas, internacionais, sobre as variáveis internas.

Os modelos heurísticos de simulação ou arquétipos têm encontrado extensa aplicação, como coadjutores do prospectivista no seu procedimento de decisão em perspectiva. Os métodos de simulação ou simulacro não possuem a capacidade de resolver todos os problemas dogmáticos, por não ser possível, às vezes, listar as inúmeras alternativas existentes. Nesses casos, a análise deve satisfaz-se em obter uma alternativa razoável, depois de efetuar uma pesquisa, limitada, em geral, pelos recursos da história, escolhendo a mais verossímil das inumeráveis alternativas possíveis.

Vale destacar que imitar uma situação ocorrida ou prever um acontecimento com base em experiências de situações semelhantes é uma simulação, e criar algo que possa parecer real, e a partir daí induzir as pessoas com relação à determinada situação é um simulacro. Problemas extremamente complexos ou de difícil formulação podem ser resolvidos, em certos casos, pela adoção de regra heurística, dispensando-se qualquer construção de modelo ou arquétipo, com simulação ou simulacro. A experiência do prospectivista é valiosa, à medida que lhe permite escolher a heurística apropriada.

Embora pareçam pouco ortodoxos, os estilos de projeção em perspectiva não são necessariamente dotados de razão, se valendo apenas do premonitório. Os teóricos destacam que quaisquer que sejam as tomadas de decisão em perspectiva devem conter alguma proposta doutrinária. O dogmático pela sua rigidez nunca é perfeitamente informado, logo não é sempre racional, nem sensível a propostas flexíveis. Em contraposição ao dogmático, existe o pragmático, cuja racionalidade alcança mais alto. O pragmático só procura maximizar seus objetivos quando na prática as soluções sejam satisfatórias. Para tanto, os prospectivismo prosseguem de acordo com as regras que resolvam os conflitos culturais pela conciliação e negociação.

Evitando ou se reduzindo a incerteza, os procedimentos destinados eliminar riscos devem resolver os problemas sempre que surjam, intensificando-se as simulações ou simulacros. O conjunto de teorias apresentado aos exegetas responsáveis pela interpretação é essencial na aceitação e na implantação dos modelos e arquétipos. O seu grau de importância dependerá em grande parte a rapidez, a insistência e a perfeição na execução. Além dessas importantes funções, o tema do grande conflito deve ser responsável pela qualidade da teoria exposta que digam respeito à metodologia prospectivista.

A pesquisa de novas teorias que vão surgindo e a melhoria dos teoristas existentes constituem as responsabilidades da engenharia prospectivista. É um setor que deve ater a tendência cultural, religiosa ou científica. As relações deste com o setor doutrinário deverão ser sempre de acordo com a receptividade dos seguidores, e os resultados cuidadosamente estudados a fim de aproximar ao fim comum. A metodologia prospectivista na sua tendência cultural não é circunscrita a umas poucas nações ou grupo de pessoas. Difundida em toda a parte, atingirá com maior intensidade os pontos comuns e divergentes entre religião e ciência possibilitando o fim.

Observamos que numa tendência cultural típica a metodologia prospectivista não se restringe à tomada de uma decisão em perspectiva, mas, exige quase sempre a tomada de muitas decisões, relacionadas entre si, o que complica sobremaneira o processo decisório. Embora o problema esteja localizado numa área, ele pode ser arrastado para outro. Na tendência religiosa, qualquer decisão em perspectiva doutrinária futurista tem componentes ilógicos, do mesmo modo age a retrospectiva científica. Entretanto, existe uma doutrina necessária cujas considerações são válidas para outros aspectos da metodologia prospectivista.

O objetivo principal é arrecadar o maior acervo possível de fatos e dados relevantes para a metodologia prospectivista. A conceituação de metodologia prospectivista tem que ser abrangente, sob pena de se mutilar o quadro complexo no qual se desenrola o processo produtivo da tendência social. O prospectivismo em seu campo de desenvolvimento e implementação de teorias tem a finalidade de melhorar a qualidade, reduzir os dogmas, obter um fim comum, expandir a área de atuação da tendência religiosa ou científica, diversificar as atividades e renovar ou substituir teorias.

A identificação de problemas e a tomada de decisões constituem as atividades mais relevantes e típicas do prospectivista. Duas tendências opostas distinguem-se claramente. A primeira em sua abordagem normativa comprobatória elucida a maneira de se proceder para conseguir tomar uma decisão em perspectiva racional, científica. De outro modo a religião consiste em acumular toda a informação pertinente relativa ao problema em foco, listar as alternativas imagináveis, e estudar as vantagens dos diversos cursos de ação antevendo os acontecimentos. A análise religiosa ou científica dos acontecimentos, dos valores, da operacionalidade, da simulação, do simulacro e heurísticas, deve apresentar projeção em perspectiva não diferente da investigação lógica e coerente.

O segundo enfoque por ser descritivo insiste em examinar a maneira como o prospectivista toma realmente suas decisões, quais fatores ele efetivamente leva em conta e que tipo de considerações guiarão seu julgamento. Nessa modalidade prevalece, a prática organizada, o bom senso social, e a intuição perspectivista. Espera-se, assim, mais luz sobre o processo decisório doutrinado, do qual muito depende o desenvolvimento dogmático dos opostos, religião versus ciência.

 

CONCLUSÃO

Você já se perguntou por que a rivalidade entre os times de futebol. Ora, essa rivalidade fomentada pelos meios de comunicação tem como objetivo ampliar o número de torcedores, aprimorar os times, e aprofundar nas regras que levem ao fim comum, a vitória. Foi neste contexto que ocorreu no Éden quando a sentença colocou inimizade entre a mulher (religião) e a serpente (ciência). Hoje nota-se nitidamente a divergência entre elas e o fim comum. O que outrora era realizável só por milagre hoje a ciência toma posse. O fim comum é o novo céu e a nova terra, quem ganhará essa competição?

As estruturas de poder estão num ambiente turbulento, exigindo mudanças rápidas e algumas rupturas para gerar inovação de valor. Porém os modelos de previsão utilizam somente projeções de tendências de muitas estruturas de poder, verifica-se não ser a melhor forma de enfrentar o futuro, porque a sociedade e as estruturas de poder não se preparam para enfrentar futuro, pela simples razão de acreditarem nas projeções que efetuam, sendo que enfrentar o futuro é gerir as incertezas e preparar a sociedade para construir um futuro com base em reflexões isoladas e separatistas quando conveniente, em conjunto quando necessário e com apropriação de qualquer fonte que sacie os anseios. A projeção deve ser esse prolongamento, a inflexão no futuro de tendências passadas, sempre no interesse comum da religião e da ciência.

Prospectivismo é a antecipação para orientar a ação, com apropriação, implica em ver longe, com amplitude e com profundidade; com ousadia e disposição para assumir riscos; pensar nos anseios comuns dos seres humanos; estar sempre inovando e buscando e analisando novas ideias e apropriando-se delas quando necessário, associando-se quando conveniente, excluindo quando necessário e sempre utilizando técnicas e métodos rigorosos e participativos.

Ao invés priorizar somente a religião ou a ciência quanto a projeções de tendências futuras, a melhor forma é construir socialmente a visão estratégica do futuro a partir de suas tendências, utilizando o processo prospectivo, cada uma com seus diferentes métodos de analisar o futuro por meio de projeções e por meio de prospectiva. O processo prospectivo proporciona às estruturas de poder predisposição para fazer mudanças, preparando a sociedade e adaptando os recursos para enfrentar possíveis adversidades ou ainda tirar proveito de oportunidades. Dessa forma, as estruturas de poder polares poderão compartilhar o processo prospectivo com a sociedade que atuam, e com ela formular melhor as estratégias e escolher as melhores ações para porem em prática.

Nem todas as estruturas de poder polares estão preparadas para perceber o que ocorre no seu ambiente. Qualquer entidade de poder depende de seus vanguardistas e, principalmente, da percepção que eles têm do ambiente que a sociedade está inserida. As mudanças contínuas no mundo exterior, em razão de um ambiente turbulento, exigem gestos de transformações operacionais. Isso significa fazer mudanças contínuas nas estruturas internas dos Estados e aprender a se relacionar com seu ambiente internacional. Esse princípio representará importante passo para a harmonia internacional. O aprendizado prospectivista começa pela percepção dos fenômenos de mudança. Cabe ao estudioso analisar os três principais aspectos de um conceito religioso ou científico; Quando e porque surgiu? As previsões que aponta para o futuro? Que benefícios ou prejuízos trazem no presente?

Ninguém aprende sem antes ter vivenciado algo interessante que chamou a atenção no contexto em que se está inserida. A sociedade para sobreviver e prosperar nesse mundo volátil e abolitivo necessita de muita sensibilidade socioambiental. Compete aos líderes ficarem atentos e sensíveis ao mundo em que vivem, saber o papel ativo que seu Estado ocupa nas relações internacionais quanto aos poderes polares, porque é pela política interna que as forças motrizes irão afetar a concatenação entre os povos.

Se a sociedade estiver preparada sociologicamente para lidar com o futuro ainda no presente, as estruturas de poder poderão projetar o futuro com mais segurança. Serão capazes de tomarem medidas específicas para produzir, indicar e aperfeiçoar as relações internacionais reconhecendo os eventos externos em tempo hábil para evitar uma crise global. Esse método sugere que as estruturas de poder desenvolvam a sensibilidade religiosa e científica de que precisam para construírem a cooperação global futura.

Diante da proposta de cooperação global torna-se importante analisar as quatro questões que fundam a religião e a ciência: Como chegamos até aqui? Em que situação nós nos encontramos? Até onde queremos ir? E para onde ambiente nos impele? Com frequência a sociedade aceita o ambiente que lhe empele, por não possuir compreensão de onde estamos e certeza de onde queremos ir. Culturalmente ficamos presos ao destino, ao invés de planejar e alçar o futuro.

Ora, se na verdade religiosa é importante conhecermos o futuro pelas revelações proféticas e a partir daí encontrar opções que consiga atingir até chegar à perenidade. E na verdade científica as estruturas de poder analisam e constrói o futuro fazendo projeção. Ambas nada mais são do que o prolongamento ou inflexão no futuro de tendências passadas. Isso prejudica a aceitação que existe um fim comum no futuro, terminando por repetir às condições atuais no futuro iguais as ocorridas no passado.

Estamos inseridos nesse ambiente global que recebe influência de várias dimensões do conhecimento que necessita analisar o futuro com muita reflexão. Definimos assim a prospectiva como sendo a antecipação para orientar a ação, com apropriação, que implica em ver: longe, com amplitude, com profundidade, de maneira diferente, com ousadia, em perspectiva.

O processo prospectivo é fundamental para identificar a realidade e construir a visão estratégica do futuro em conjunto, porque a realidade é única, o alvo é o mesmo, mas as visões e as interpretações são diferentes e antagônicas. A tendência no mundo é de que nada deve permanecer no estado da situação atual. O mesmo fenômeno deve ocorrer com as estruturas de poder, tanto interna quanto as internacionais.

II PARTE

Assim sendo, a realidade em que o grande conflito está inserido contém várias dimensões e necessita ser gerido por influência dessas dimensões, que podem e devem ocorrer ao mesmo tempo. As estruturas de poder, na realidade, recebem influência de diversas dimensões ao mesmo tempo. O tomador de decisão, na gestão do grande conflito, deve considerar todas as possíveis dimensões que influenciam a disputa e preparar sua sociedade, reduzindo os riscos e aproveitando melhor as oportunidades.

No contexto, em que a realidade tem múltiplas dimensões e o grande conflito nela está inserido, implica considerar a ideia de plano global, isto é, o tomador de decisão deve preocupa-se com as diversas dimensões; os agentes sociais, que interferem no andamento do prospectivismo e no dinamismo do ambiente. Neste conceito da teoria geral, o prospectivismo atuará como um marco na estratégia das estruturas de poder. No momento em que as estruturas de poder, que estavam preocupadas somente com aspectos internos, começaram a se preocupar com os aspectos externos que interferem no grande conflito, estaremos preparados para construir os cenários possíveis, treinarmos nos simulacros, até que consigamos materializar o fim comum.

Dessa forma, podemos afirmar que a construção de cenários auxiliará os líderes promoverem o fim comum no ambiente desejado. Nessa análise do ambiente, elabora-se a construção de cenários mais próximos do real desejado para verificar as possíveis oportunidades que poderão ser aproveitadas e possíveis ameaças que poderão ocorrer. Esses cenários devem ser confrontantes e contrastantes. Além disso, devem ser relacionados os possíveis riscos para cada cenário, procurando listar as diversas ações com a finalidade de minimizar os riscos e construir o cenário desejável, realizável. Diante disso, o grande conflito que iniciou com a inimizade entre a religião e a ciência estará pronto para enfrentar as incertezas do ambiente e concluir a competição.

A elaboração do processo prospectivo proporciona às estruturas de poder planejar o longo prazo, formular estratégias, predisposição para fazer mudanças e rupturas para inovação da gestão. É uma forma de preparar sociedade a adaptar os recursos para enfrentar possíveis adversidades e aproveitar melhor as possíveis oportunidades. O processo prospectivo proporciona ver além do além, com amplitude telescópica, com profundidade microscópica, com ousadia dos afoitos, assumir riscos necessários ao pensar no ser humano realizado, para isso é justificável à apropriação da ideia que a um fim comum, e utilizar técnicas e métodos rigorosos e participativos.

Pela retrospectiva histórica é possível mensurar as razões que provocaram as situações presentes, no que concernem as mudanças, rupturas, as tendências, as inércias e impulsos que dificultaram as possíveis mudanças. Depois de realizar o diagnóstico em conjunto com os diversos grupos sociais, constrói-se uma visão estratégica do futuro em conjunto, de acordo com a proposta inicial dos divergentes, com os possíveis cenários convergentes, verificando o que é utópico realizável, o que é desejável e satisfatório.

Dessa maneira, constroem-se cenários locais e, depois, com eles se constroem cenários globais, confrontantes e contratantes, considerando cenários de ruptura, de tendência e a mistura dos dois, de ruptura e de tendência. A visão estratégica global do futuro é necessária para a antecipação de ações, no presente, para que essa visão seja alcançada por meio da mobilização de todos. Essa mobilização será mais eficaz se houver o envolvimento dos participantes no diagnóstico, que deve ser explícito, e conhecido por todos os envolvidos. Teorias superadas devem ser descartadas, dessa forma, a motivação do conhecimento interno e a identificação das ameaças e oportunidades contidas na visão estratégica do futuro global serão objetivos que devem ser atingidos ao mesmo tempo, evitando serem atingidos de forma separados. A apropriação do fim comum deverá determinar o sucesso do processo prospectivo, passando por todas as etapas. Em razão dos transtornos no processo, a mobilização não poderá ater-se demasiada sobre as escolhas estratégicas de caráter individual.

Diante dessas condições, a reflexão prospectiva coletiva deve sobrepor às ameaças internas ou externas, quer dos grupos polares, quer da ordem estatal, motivando a mobilização e permitindo a apropriação da estratégia e cada qual com sua técnica. Prospectivismo é antecipação orientando a ação com apropriação. Nesse conceito, a antecipação é a soma das perspectivas e das possibilidades. Enquanto a ação proporciona o reposicionamento interno e internacional dentro do tema do grande conflito. Ele necessita de avaliação constante, em todas as fases do processo com o intuito de verificar os impactos e resultados deste. Fazendo análises morfológicas, conjunturais, estruturais e de competência. Adote-o e assuma vossa posição, daquele que fere a cabeça do oponente ou daquele que está sempre ferindo o calcanhar de Aquiles e está pronto a tomar a coroa do outro.

Prospectivismo

© 2023 by Name of Template. Proudly created with Wix.com

bottom of page